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Na rodoviária de São João del Rei existe uma Estante de Doação de Livros e Revistas onde qualquer pessoa pode doar e/ou coletar quaisquer materiais impressos. As doações podem ser feitas de qualquer parte do Brasil via Correios, usando o endereço abaixo:
A Quem Interessar Possa Estante de Doações de Livros e Revistas Encostada em um dos 8 pilares revestidos de mármore branco Defronte ao Mapa Oficial de São João del Rei, dos caixas eletrônicos, do elevador, e do telefone público Na direção do Portão de Desembarque Interior do Térreo Terminal Rodoviário de São João del Rei Rua Coronel Antônio Maria Clarete da Silva, 337 Fábricas São João del Rei – MG 36 301-204
A modalidade mais barata para enviar livros, revistas, artigos (sem poder incluir nada que não seja papel impresso) é: Impresso Nacional com Registro Módico. O Registro é necessário para confirmar se o pacote de fato foi entregue ou não, pois extravios não são raros, e só é possível comprová-los e receber o reembolso das tarifas postais mediante Registro. Adicionalmente, é interessante optar pelo Valor Declarado, que é um seguro onde você declara o valor dos livros/revistas/artigos para, no caso de extravio, receber não só ressarcimento das tarifas postais, mas também dos livros/revistas/artigos postados.
Uma ideia interessante que recomendo é colocar, no endereço de remetente, não o endereço da sua casa/trabalho, mas sim de outro local de doação. Assim, caso os Correios não consigam, por alguma razão, entregar o pacote nessa Estante em São João del Rei, ao invés de você recebê-lo de volta, automaticamente será enviado para outro lugar que aceita doações. Por exemplo, a Casa da Leitura em Juiz de Fora.
Uma vez por semana, ele completa uma estante de livros na rodoviária da cidade, onde as pessoas podem tanto pegar para si como doar.(grifo meu)
Em abril, das 50.019 vagas anunciadas na plataforma InfoJobs, por exemplo, 42% vieram com a frase “salário a combinar”. O restante, 58%, dividia-se entre vagas com salário ou com faixa salarial. Segundo Nathália Paes, responsável pelo desenvolvimento de negócios do InfoJobs, a maioria das oportunidades que abrem informação salarial costuma ser para níveis mais baixos, como júnior e pleno. “Ocultar o salário ainda é prática recorrente em grande parte das empresas, especialmente para cargos mais altos”, afirma.
O que parece estar por trás disso é o medo [...] de atrair candidatos puramente interessados no salário, e não na vaga em si. A ideia é que não declarar o valor pode chamar pessoas mais motivadas por outros fatores que não o financeiro, como cultura e propósito. É por isso que Maria Sartori, diretora de recrutamento da Robert Half, consultoria especializada em recrutamento e seleção, costuma recomendar aos clientes que não abram nem mesmo a faixa salarial. Ainda que essa seja, de fato, a questão que Maria Sartori mais ouve dos candidatos. “Divulgar essa informação pode desestimular o profissional a seguir no processo, mesmo antes de conhecer a vaga”, diz. “E, no final, é possível que ajustemos o valor de acordo com quem escolhemos”.
As empresas podem sair perdendo com a prática para além da insatisfação dos potenciais candidatos. “Ocultar o valor tem muitas consequências, até financeiras, para o RH”, diz Nathália Paes, do InfoJobs. O principal motivo é que isso tornaria os processos seletivos mais ineficientes: não abrir o salário costuma atrair muito mais candidatos para a vaga, segundo ela. “Mas isso não significa que eu tenha candidatos aderentes — quantidade não é qualidade” [...] “Isso custa dinheiro e tempo do RH.”
Cada médico tem seu paciente favorito. Negar isso é mentir para si próprio. Admito que o meu paciente favorito é um homem entre 50 e 60 anos com um humor ácido. Ele vem ao meu consultório há dois anos, mas nunca topou tomar medicação. Na primeira vez, após uma longa conversa, fiz essa proposta e quase apanhei. O homem saiu valente e prometeu nunca mais voltar.
No mês seguinte lá estava ele uma hora antes do combinado na recepção. E assim foi até bem pouco tempo, pois meu paciente favorito nunca confirmava sua ida, dizendo que não via necessidade em ir, mas estava presente uma hora antes do horário combinado no dia marcado. Eu passei a escutá-lo mais e vez por outra falava tangenciando sobre uma medicação quando o seu discurso autorizava, porém era repelido imediatamente.
Quando eu lhe perguntava como estava a vida, ele me respondia:
Tão bagunçada quanto o seu cabelo. Quando a arguição partia para sua vida sentimental, ele me respondia:O senhor tem partes com cartomantes e apresentadores de programas que gostam de juntar casais. Eu aceitava esse humor cítrico de bom grado e vez por outra retrucava na mesma moeda.Seguimos então até o mês de maio, quando ele adentrou minha sala com barba por fazer, cara de quem não dormia há várias noites e me intimou:
Me dá a merda do teu remédio que eu não vou bem. Depois de dois anos, ele decidiu que aquele era o seu momento. Perguntei a ele o que seria não estar bem. A resposta veio na lata:Quem não está bem só pode estar mal. Coloca um remédio logo antes que eu me arrependa. Depois dessas respostas atravessadas o homem falava sobre seu emprego sem estabilidade, das contas que não param de subir, dos dilemas com uma filha mais nova e sua desesperança em relação ao futuro.Ontem o camarada voltou e eu questionei se ele havia melhorado. A resposta foi sumária:
Eu continuo me lascando, só que agora sem chorar.Fiquei tonto com a resposta.
- É possível tratar uma doença que se manifesta num sujeito, mas que surge pelas condições socioculturais que o circundam?
- Até que ponto os quadros depressivos e ansiosos são doenças propriamente ditas?
- Seriam eles manifestações individuais de uma crise sistêmica e estrutural da maneira como vivemos e nos relacionamos?
[...]
Tenho repensado muito a minha prática a partir dessas reflexões. Caso não faça isso, virarei um simples prescritor. Quiçá um traficante de drogas legais. Ser médico vai além de saber medicar. Ontem, quando meu paciente saiu, eu falei que havia aprendido muito com a sinceridade dele. A sua resposta foi assim:
Então na próxima o senhor me paga a consulta ao invés de eu te pagar. Ando com umas contas atrasadas e vai ser de grande valia. Sorrimos juntos e eu pude perceber que não foi o remédio o responsável por isso.