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Brazilo

Brasil: fichamentos / clippings / recortes de não-ficção. Nonfiction Litblog. Curador do blog é Especialista em Direito Previdenciário Brasileiro.

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🇧🇷💼 Serviço público municipal ≟ 💩 merda. Razões.

Mateus Carvalho (jornalista) e Renato Lacerda (professor de Administração Pública do Gran Cursos Online, além de administrador e analista de gestão pública do MPU). Artigo Serviço público não funciona? 3 motivos para não culpar o servidor publicado na Folha Dirigida em 27 de outubro de 2020.
De fato, o serviço público brasileiro está longe de ser um referencial de excelência e qualidade na prestação, [...] contudo, é preciso se desconstruir a linha argumentativa falaciosa que atribui [toda a] responsabilidade da má qualidade aos servidores: são questões estruturais, de priorização e do sistema de gestão que tornam os serviços públicos ruins. [...] A grande verdade é que os servidores são vilanizados, sem que se considerem as questões estruturais por trás da máquina pública, o que inclui o modelo de gestão e o baixo investimento que o Estado faz em melhorias nos sistemas de gestão de pessoas, de treinamento, de avaliação do desempenho e em tecnologias aplicadas à gestão, por exemplo.
— Renato Lacerda.

O problema é o salário?

Muito se discute [...] sobre a questão salarial. Será que os baixos salários podem vir a ser uma justificativa para que o serviço público tenha essa fama de péssimo? O professor de Administração Pública se encarrega logo de explicar que os motivos estão muitos mais atrelados aos problemas estruturais e de gestão do que salários, que são realidade e regra, principalmente para municípios e estados.

Claro que o alto escalão do serviço público existe em uma quase “ilha da fantasia”, mas eles são exceção [...]: magistrados, procuradores, promotores, membros de Poder. [...] A grande realidade é que vários servidores Brasil afora recebem quantias ínfimas, muitas vezes com complemento de salário mínimo e sujeitos a péssimas condições de trabalho, assédio moral e pressões de ordem política e hierárquica, a despeito de terem estabilidade.
— Renato Lacerda.

Péssimas condições de trabalho

Imagina só, você que não é servidor público:

  • trabalhar em um setor administrativo cujos computadores são lentos e a internet não funciona;
  • trabalhar em determinada loja que não te dá nenhuma capacitação ou treinamento de como abordar clientes;
  • ou trabalhar em um local com cadeiras desconfortáveis, sem água, luz instável e com falta de pessoal.

Nessas três condições acima, você se sentiria confortável para prestar um serviço de qualidade? Como você se sentiria nessa situação, podendo haver pressão por parte de superiores?

É o que pode acontecer muita das vezes com os servidores públicos. A vontade de prestar um serviço público de excelência poderá sempre existir, mas será que existem as condições básicas? Ou será que sempre serão as mesmas péssimas condições de trabalho, precárias e que dificultam o dia a dia dos profissionais? Essa afirmativa é consequência de descaso, e que mais uma vez não envolve o servidor. Impossível atrelar a ele essa culpa.

Demarcadamente, a área de Saúde é a de menor qualidade percebida pelos usuários. Contudo, não se deve atribuir culpa exclusiva aos servidores. As condições de trabalho são precárias, o Estado não investe em tecnologias avançadas, há uma péssima gestão de recursos materiais, patrimoniais e humanos, o que se associa aos baixos salários praticados, que minam a motivação dos servidores que precisam atender milhares de pessoas sem condições estruturais mínimas.
— Renato Lacerda.

Politicagem comendo no centro

É notório que, também, devemos atrelar culpa aos governantes e gestores. Eles precisam se responsabilizar por grande parte do sistema deficitário que está o atual serviço público do país, como um todo.

Renato ainda explica que boa parte dos ocupantes a cargos de direção ocupam mandatos, e não tem como característica um caráter técnico ou mérito para estar exercendo tal cargo, mas sim loteamento e apadrinhamento. Dessa forma, ele comenta que cada vez mais isso traz fragilidade ao sistema de gestão e faz do servidor público um refém da boa vontade e espera por gestores honestos, que prestem serviço pensando no bem social e não próprio.

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